A pouco mais de um mês da 30ª Conferência da ONU sobre Mudanças Climáticas (COP30), que será sediada em Belém, no Pará, os olhos do mundo se voltam para o Brasil, destacando não apenas os desafios, mas também as oportunidades que o país pode oferecer. Reconhecido globalmente como referência na produção de energia limpa, o Brasil se posiciona cada vez mais como um ator relevante no campo da economia circular, uma estratégia fundamental para promover inovação e reduzir resíduos, ao mesmo tempo que impulsiona a indústria nacional.
Em setembro, a FIESP promoveu o seminário "Conexão Nórdico-Brasileira: Estratégias de Economia Circular para a Descarbonização", que reuniu lideranças empresariais, especialistas e representantes de países nórdicos (Finlândia, Suécia, Dinamarca e Noruega) para discutir as oportunidades criadas pelo movimento.
Atualmente, a sustentabilidade não é mais um tema tratado de forma protocolar dentro das empresas. Pelo contrário: as ações relacionadas a ela se tornaram uma exigência tanto do mercado quanto dos consumidores. No entanto, o impacto vai além da simples conformidade. Os movimentos voltados para soluções sustentáveis geram novos negócios, abrem espaço para o desenvolvimento de tecnologias inovadoras e podem transformar setores inteiros.
Embora a transição para a economia circular nas indústrias já tenha iniciado, é fundamental que ganhe mais corpo e velocidade. Para isso, é necessário aprimorar os modelos de negócios, incentivar o investimento em pesquisa e promover a criação de novos produtos e processos mais sustentáveis.
Quando falamos de descarbonização, o Brasil se destaca e tem diante de si uma oportunidade única de explorar novos mercados e aumentar sua competitividade.
A adoção de práticas que reduzam a produção de resíduos, reaproveitem materiais e prolonguem sua vida útil beneficia todos os envolvidos – da indústria ao consumidor. Além disso, quando as parcerias entre países e empresas fomentam a troca de experiências e tecnologias, o impacto positivo ecoa de forma global.
José Francisco Caseiro é diretor regional do CIESP Alto Tietê