A palavra sepse costuma gerar medo imediato, pois está associada a quadros graves e, em alguns casos, fatais. Porém, é importante esclarecer que nem sempre esse termo significa automaticamente um risco extremo de morte. Sepse é, de forma geral, uma resposta exagerada do organismo a uma infecção, que pode acontecer em diferentes partes do corpo, como pulmões, pele, trato urinário ou abdômen.
Existem vários níveis e variações dessa condição. Em muitos casos, o organismo consegue reagir e controlar a infecção de forma eficiente, evitando complicações maiores. Há situações em que a sepse aparece de forma localizada e menos agressiva, com sintomas que podem ser tratados com acompanhamento médico, antibióticos e cuidados de suporte. Por exemplo, uma infecção urinária em fase inicial pode desencadear um quadro leve de sepse, que não significa, obrigatoriamente, risco de morte, desde que tratada corretamente. O que torna a sepse mais preocupante é quando ela evolui para formas graves, chamadas de sepse grave ou choque séptico. Nesses casos, o corpo entra em falência orgânica, e os riscos realmente se tornam altos. Por isso, a palavra ganhou tanto peso na medicina e na comunicação com a população.
É fundamental compreender que a sepse não é uma única doença, mas sim uma síndrome com várias manifestações, que varia em intensidade de acordo com fatores como o tipo de microrganismo envolvido, a saúde geral do paciente, a rapidez do diagnóstico e o início do tratamento. Assim, ao ouvir o termo, não se deve entrar em pânico. O mais importante é entender que, embora a sepse possa ser grave, nem todos os quadros são iguais. Buscar atendimento médico rápido diante de sinais de infecção (febre persistente, calafrios, queda de pressão, confusão mental, respiração acelerada) é a chave para evitar complicações.
Informação correta e tratamento precoce fazem a diferença. Sepse não é uma sentença de morte, mas sim um alerta para que se cuide da saúde com atenção e responsabilidade.
Dr. Luiz Felipe Da Guarda é fisioterapeuta e conselheiro estadual de Assuntos da Pessoa com Deficiência
