O enfrentamento à violência contra a mulher vem ganhando cada vez mais evidência e novas frentes vão surgindo em apoio às vítimas. Há medidas simples como o sinal com batom na palma da mão e outro, dobrando o polegar e encostando-o também na palma da mão, que se fecha sobre ele, permitindo que a mulher solicite socorro sem muito alarde para o agressor. 

Recentemente tivemos inclusive um pedido de socorro em Campo Grande (MS) com uma mulher vítima de violência, ligando para a Polícia, mas simulando que seria a farmácia para comprar um dipirona. O policial entendeu que era uma simulação, conversou com a vítima e conseguiu que ela fosse ajudada. 

Também a tecnologia está a favor das mulheres, com aplicativos como o apresentado nesta quarta-feira em Mogi das Cruzes, que, como um botão do pânico para vítimas que já contam com medidas protetivas, alertando a Patrulha Maria da Penha, grupamento da Guarda Civil Municipal (GCM), que atua na proteção de mulheres. Toda a ação na proteção das mulheres vítimas de violência é muito bem-vinda e a tecnologia também deve ter esse intuito de favorecer quem mais precisa. 

A violência contra a mulher não tem classe social, nem está restrita às regiões mais periféricas, infelizmente qualquer mulher está sujeita a passar por uma situação como esta, que pode terminar em um feminicídio. É preciso que elas tenham suporte e apoio para que consigam denunciar e mudar o rumo de sua história, como também dos filhos, caso os tenha. Toda a família acaba sofrendo com as agressões, que não necessariamente apenas físicas, mas também psicológicas, inferiorizando a mulher e impedindo que se relacione com outras pessoas, afastando-a até mesmo de familiares. 

Como em outras situações, é preciso um esforço conjunto das forças de segurança, do poder público e da sociedade civil para que combater a violência doméstica, como também os casos de estupro, que infelizmente também se mantêm com altos índices, tendo como vítimas principalmente os mais vulneráveis, abaixo dos 14 anos e que não têm condições de se defender. Tornar as cidades mais seguras é um dever de todos.