Empresas que utilizam softwares sem licença enfrentam riscos além da economia aparente. Além das multas e processos, há ameaças cibernéticas que podem comprometer operações inteiras. No Brasil, casos recentes mostram como essa prática pode resultar em prejuízos milionários.

A Universidade Candido Mendes teve sua sede leiloada para pagar uma dívida de R$ 42 milhões com a Microsoft, após ser condenada por uso de software pirata. A Masal S/A também foi obrigada a indenizar empresas como Autodesk e Microsoft após a Justiça determinar pagamento de valores cinco vezes superiores ao das licenças utilizadas ilegalmente.

Os Riscos da Pirataria

Além das penalidades, softwares pirateados representam um risco de segurança da informação. Estudos indicam que 70% dos programas crackeados contêm malwares, permitindo que criminosos acessem redes corporativas. Sem suporte e atualizações, essas versões ilegais facilitam ataques de ransomware, resultando em roubo de dados e paralisação de sistemas.

Empresas que dependem desses programas podem sofrer interrupções inesperadas, comprometendo produtividade e confiança no mercado.

Proteção e Conformidade

Regularizar o uso de software é essencial para evitar multas e garantir segurança digital. Empresas que adotam auditorias internas e boas práticas de governança de TI reduzem significativamente sua exposição a ataques e penalidades.

A conscientização dos funcionários também é essencial. Muitas infrações ocorrem por desconhecimento dos riscos. Criar uma cultura de segurança digital e reforçar boas práticas minimiza vulnerabilidades.

A falsa economia pode custar caro. Investir em licenças legítimas é o caminho para um ambiente empresarial protegido e sustentável.


Fábio Queiroz é CEO da SanviTI TSI, Especialista em Tecnologia e Segurança da Informação.