Um dos setores mais impactados pela instabilidade climática que vivemos certamente é a agricultura. Acostumados a planejar seu trabalho de acordo com os padrões climáticos, os produtores tiveram que se adaptar rapidamente aos novos tempos, marcado por temperaturas altas e chuvas cada vez mais intensas. Um período que favorece algumas culturas, mas são sinal de prejuízo certo para outras.
E agora estamos no outono, estação conhecida por poucas chuvas, e que promete temperaturas mais elevados do que de costume. É preciso se planejar para evitar prejuízos, que também impactam os consumidores, encarecendo os produtos diante da pouca oferta. Na edição de hoje trazemos a avaliação do experiente engenheiro agrônomo Renato Abdo, secretário de Agricultura e Segurança Alimentar de Mogi das Cruzes, que também já fez parte do Sindicato Rural da cidade.
Temos na região entidades fortes do setor e também o poder público se mobiliza para auxiliar os produtores, especialmente os pequenos, conhecidos como agricultura familiar. Estes inclusive forma incluídos em programas para alimentação escolar em algumas cidades, reforçando o que é servido aos estudantes.
São necessárias cada vez mais ações para ajudar os produtores, que também vivem o dilema da sucessão nas propriedades, já que nem sempre é um desejo dos filhos continuar ou voltar para o campo. Também neste sentido é preciso fortalecer o segmento para garantir a continuidade e a sobrevida da produção rural, atravessando as gerações.
Destaque ainda para os investimentos nos avanços tecnológicos que também chegam à agricultura, e tornam o processo produtivo mais dinâmico. Neste sentido, temos avançado com programas de incentivo, mas sempre ainda há muito a ser feito.
Nossa região, ainda conhecida como Cinturão Verde, precisa cada vez mais apoiar os agricultores e trabalhar para atender suas demandas, especialmente em períodos como os de agora, em que o clima pode ser um obstáculo para que se alcance bons resultados no campo.
