Vivemos períodos de altas temperaturas em razão do clima que mudou e traz extremos para as diferentes regiões do país. Mais do que se via há alguns anos, temos um verão que parece não ter fim, sempre superando as temperaturas do ano anterior e até mesmo do mês que acabamos de deixar para trás. Cientistas da União Europeia já afirmaram que janeiro foi o mês mais quente já registrado no mundo, e a sensação é que fevereiro pode bater esse recorde.
As altas temperaturas trazem consigo os temporais também cada vez com maior intensidade, causando uma série de prejuízos, em áreas já conhecidas, mas também em novos pontos, como ocorreu no ano passado no Rio Grande do Sul. Momentos que parecem uma exceção, mas que já vêm se desenhando há algum tempo. Por anos ignoradas por muitos, que acreditavam ser uma previsão de ambientalistas extremistas, aí estão às mudanças climáticas.
E é preciso estar preparados para as chuvas que superam a cada vez o esperado para determinado período, o que faz necessário um investimento maior em drenagem. Nesse sentido, um Plano Regional já vem sendo estudado e será elaborado por meio do Consórcio de Desenvolvimento dos Municípios do Alto Tietê (Condemat+), com recursos do governo do Estado.
Porém, temos outros desafios neste conjunto, com emergências na área habitacional para a retirada de famílias das áreas de risco, e também na saúde, com a grande contribuição do clima para a proliferação de mosquitos como o Aedes Aegypti, o transmissor da dengue. Esforços vêm sendo feitos para não revivermos a epidemia registrada no ano passado, com mais de 50 mortes confirmadas apenas no Alto Tietê.
Com a união de esforços conseguimos vencer crises das mais diversas, principalmente quando o assunto é a saúde, e a questão climática já é uma emergência que afeta a todos. É urgente que cada um faça a sua parte para contribuirmos com a natureza e com as medidas simples, de cuidado e higiene com os ambientes por onde circulamos, que não apenas nos beneficiam diretamente, como a toda comunidade.