O Minoxidil tópico é um dos medicamentos mais prescritos para alopecia androgênica, conhecida popularmente como calvície. O fármaco é utilizado, também, para o tratamento de outros tipos de queda de cabelos. O uso errôneo, porém, acabou fazendo com que este remédio passasse a ser mal visto - tal qual um vilão. Isso em razão de uma possível ineficácia, além de apresentar efeitos indesejados, como irritação e descamação do couro cabeludo, queda e ressecamento dos fios.
É imperativo compreender: a concentração do ativo, quando em excesso, causa danos. O uso correto de qualquer tipo de medicamento, inclusive, é primordial para o sucesso terapêutico. Além disso, a procedência do produto é essencial. Infelizmente, há no mercado formulações não confiáveis. Portanto, fica o alerta: não comprar esta composição em qualquer lugar.
E, não menos importante: existe um famoso efeito adverso chamado “shedding” – que consiste na queda de cabelos nos primeiros meses de uso. Trata-se de um ajuste do ciclo capilar. Depois, com o tempo, haverá benefícios.
Outro item digno de nota: o Minoxidil tópico, aplicado no couro cabeludo, é diferente do medicamento em sua formulação oral no que diz respeito a indicações e contraindicações. Exames das condições de saúde em geral do paciente precisam ser realizados para a prescrição.
O Minoxidil não é a única solução para a alopecia. O tratamento é composto por todo um manejo terapêutico, colocado em prática de forma vetorizada e individualizada. Há situações, ainda, em que é contraindicado, como acontece com qualquer outro remédio. Há outras opções para o tratamento, mas somente um profissional da área saberá decidir pela melhor indicação.
Por fim, é preciso frisar que o uso de qualquer medicamento deve ser prescrito, orientado e acompanhado por um profissional habilitado, para que se tenha, assim, o efeito desejado e a prevenção a reações adversas.
* Dra. Thálita Rodrigues Eufemia (dermathalita@hotmail.com) é médica e tricologista, com certificação pela International Association of Trichologists (Sidney - Austrália); doutoranda em Ciências Biomédicas; e diretora da JM Renaissance.
Opinião
02/10/2024 às 06:45
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Minoxidil: vilão ou herói?
Por: Dra. Thálita Rodrigues Eufemia
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