A novela da possível instalação de uma praça de pedágio na rodovia Mogi-Dutra, apontada por muitos como a marginal dos mogianos, ganhou um novo capítulo ontem. Uma declaração do prefeito de Mogi das Cruzes, Caio Cunha (Podemos), que também soma o cargo de presidente do Consórcio de Desenvolvimento dos Municípios do Alto Tietê (Condemat), intensificou os debates, porque agora em vez de uma praça em Mogi, segundo ele, a o projeto do Governo do Estado prevê duas praças, uma delas no trecho de Arujá.
A reação do município vizinho já é contrária à cobrança, como ocorre em Mogi das Cruzes, com a mobilização pelo Movimento Pedágio Não, que volta a ganhar força, somando esforços com entidades representativas da cidade. Na semana passada, também o Sindicato Rural da cidade se manifestou contrário à cobrança, que certamente terá reflexos nos custos dos produtores rurais.
O repúdio é compartilhado por outras entidades, como o Sincomércio que se manifestou pouco tempo depois da fala do governador Tarcísio de Freitas (Republicano), em visita a Ferraz de Vasconcelos no início de julho. Na ocasião, o chefe do Executivo estadual disse ser impossível manter a rodovia sem a cobrança, e consequentemente à concessão para a iniciativa privada.
Os impactos serão sentidos em todos os setores, o momento é de unir esforços, convocando os deputados estaduais e federais eleitos por Mogi e região. André do Prado, hoje também presidente da Assembleia Legislativa do Estado (Alesp), deve ser um importante aliado contra a cobrança pela proximidade com o governo estadual.
Unindo forças as chances são grandes de revertermos os planos do Estado, como ocorreu anteriormente, com então governador Rodrigo Garcia. O próprio Tarcísio de Freitas havia dito que não daria continuidade ao projeto, que agora retorna como um fantasma assombrando a região. Que a luta contra a cobrança na rodovia nos trechos de Mogi e Arujá seja abraçada por todos. Pedágio Não!