Não há quem questione quando falamos que a carga tributária no Brasil é alta e não há contrapartidas do poder público na mesma forma que as contribuições acontecem. O desafio está em manter todos em dia, como destacamos na edição com mais de 30% dos pagamentos do Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA) da região em atraso. A inadimplência continua sendo um grande problema, com a economia ainda em fase de recuperação.
Mesmo com o alto número de devedores, a arrecadação de impostos, de forma geral, continua crescendo. Por isso, outro ponto importante quando falamos na carga tributária do país é a contrapartida que os impostos deveriam proporcionar com melhorias nos serviços públicos, em áreas fundamentais como educação, saúde e segurança. Áreas em que apesar dos avanços perceptíveis no dia a dia, os desafios são gigantes.
Difícil não acreditar que há dinheiro disponível para a gestão pública nas diferentes esferas, e que estes recursos não são tão bem direcionados quanto gostaríamos. Além de cobrar os gestores, será que estamos fazendo nossa parte? Talvez nos falte também maior participação nos órgãos de controle social para fiscalização das ações do poder público. Há Conselhos Municipais, Estaduais e até mesmo Nacionais dos mais variados temas, em áreas importantes como educação, saúde, assistência social, mobilidade urbana, promoção da igualdade racial, defesa das pessoas com deficiência e de crianças e adolescentes.
A participação social não está apenas nas entidades, que são mantidas com muito esforço de seus colaboradores e claro merecem todo nosso apoio e reconhecimento, mas é preciso estar também nos Conselhos, exercendo a cidadania e a política em sua essência, não a partidária. São órgãos proponentes de políticas públicas, e estas apenas serão efetivas com recursos, que podem vir do pagamento de impostos.
Vivemos grandes desafios econômicos para manter as contas em dia e a sobrevivência de milhares de família, que se refletem também na questão social, por isso precisamos juntos trabalhar pelo bem comum.