Leveza, com suporte no humor, numa realidade tão opressiva como a atual? Pois é, quem sabe: basta conseguir se desligar de si mesmo e dar asas ao inusitado!

Quem tem recursos sobrando poderia financiar uma verdadeira e transformadora ONG saneadora, que funcionasse dentro da realidade da cidade, tanto de dia, como em noite de lua. Uma ONG que trouxesse de volta o sorriso daquele que não se sente bem. ONG certinha, definitiva, respeitada, acima de todas as leis, alento. Como um banco pintado de azul no meio de taxas de impostos que jamais será quebrado. Sobre ela, juntos de tudo se falaria do que não se conhecia, a não ser o outro, em si. Quase príncipe, jamais rei!

Muito já se falou na mídia, que máscara não é escolha pessoal! Pior ainda é quem finge que a usa na mão, no queixo, no pescoço, com o nariz de fora. Mal comparando: é como falar mal do Bolsonaro! Por razões óbvias, espaço ele o dá por atacado, e depois ir-se aglomerar, por exemplo, na rua de maior movimento, circunstancial!

Criticar e agir de maneira parecida não dá. Para quem faz isso, aqui está uma forma didática e mais divertida. Como falar de humor sem fazer humor? Onde está a graça na pandemia? Em meio à mudança na rotina da população mundial e ao cenário caótico e desesperador ocasionado por ela, há espaço para o humor? Difícil responder. No entanto, é possível buscar respostas a partir da análise do papel social do humor.

Vale rir: das restrições, da quarentena, da ignorância de quem não acredita. Rir das nossas próprias mazelas ajuda a lidar com o peso da realidade. Tirar sarro do nosso fardo faz com que ele fique menos pesado. Um dos trunfos da irreverência!. Nesse contexto, surgem várias situações que provocam o riso, exceto aquelas devido às perdas humanas. Para os que se têm reinventado: "A graça está no desafio, na possibilidade de experimentar o novo, buscar todas as formas de se reinventar pelo fluir do cotidiano"! 

Raul Rodrigues é mestre em Engenharia e ex-professor universitário.