Os músculos respiratórios são constituídos por fibras estriadas, que são as mesmas que fazem parte dos músculos esqueléticos que necessitamos exercitar, pois bem, no corpo temos as fibras estriadas esqueléticas, fibras estriadas cardíacas e fibras lisas, que encontramos em nossas vísceras.
Na respiração é usada a musculatura de fibras estriadas e elas se dividem em tipos distintos, sendo 55% de fibras estriadas do tipo I vermelhas (resistentes à fadiga) e 45% de fibras estriadas tipo II brancas (fatigáveis). A musculatura respiratória trabalha vencendo cargas elásticas opostas que são as forças de retração do pulmão, além de toda musculatura assessória. Temos o diafragma um músculo estriado esquelético, que separa a cavidade abdominal da torácica e é o principal responsável pela respiração nos seres humanos. Em repouso o deslocamento do diafragma é de aproximadamente um centímetro, e nas inspiração forçada pode chegar até dez.
Analisando essa magnifica biomecânica, podemos entender que respirar não é somente deixar no automático. É preciso que todos entendam a necessidade de separar um tempo para exercitar os músculos respiratórios. No momento que estamos vivendo é possível observar a preocupação com a respiração, pois agora um vírus vem nos assolando, entrando no corpo e deixando rastros indesejáveis, esses rastros são cicatrizes, fibroses, perda da funcionalidade, diminuição da elasticidade pulmonar e vêm preocupando a todos.
Os exercícios sempre foram importantes, mas nem todos entendiam dessa forma, porém, de agora em diante teremos que nos atentar com os músculos respiratórios, pois eles irão auxiliar na recuperação da funcionalidade pulmonar e são através dos exercícios que iremos obter mais tranquilidade, principalmente aos que foram acometidos pela Covid-19, esses terão que ser acompanhados por fisioterapeutas, de acordo com a necessidade individual de cada um, para não ser surpreendidos por nenhuma disfunção crônica que poderá acarretar uma piora em sua qualidade de vida.