Compartilhe
O futebol está cada vez mais profissional e passou a envolver fortunas nas últimas décadas. Isso torna a modalidade mais propícia à corrupção e esquemas ilegais. Hoje, um atleta de oito anos ou menos já é assessorado, passa quase que obrigatoriamente por categorias de base e depois se profissionaliza. Não existe mais aquele jogador clássico, que sai do futebol amador. Mas toda regra tem sua exceção.
Zagueiro do Corinthians, o mogiano Felipe Felpes pode ser considerado um iluminado no futebol moderno. Ele seguiu os passos de jogadores do passado, saindo do futebol amador e chegando ao profissional. Sua trajetória é impressionante: até 2010 atuava nos campinhos de Mogi das Cruzes e, em menos de dois anos, ele já conquistava o título de campeão da Libertadores da América e Mundial pelo Corinthians. Posteriormente, foi campeão paulista e brasileiro também pelo Timão e agora veste a camisa da Seleção Brasileira. Um salto meteórico. Felipe, o iluminado, conquistou em pouco tempo o que a grande maioria dos jogadores passa a carreira inteira tentando e não consegue.
Ele não passou por categorias de base - embora tenha tentado - nem foi empresariado desde garoto. Aos 14 anos, o até então centro-avante Felipe fez testes no Corinthians e na Portuguesa. Foi reprovado nos dois. Jogou no futebol amador de Mogi das Cruzes defendendo a empresa Valtra. Em 2009 deu um pequeno passo adiante em sua carreira e foi atuar no quase amador União Mogi. Isso já com 20 anos, idade em que muitos jogadores já estão encaminhados na profissão ou começam a pensar em desistir da carreira futebolística.
Mas quando foi para o União Mogi ele mudou de posição e se tornou zagueiro por necessidade momentânea do até então treinador do time, Carlos Schudi. E aí sua carreira deslanchou. Ele foi transferido para o Bragantino, em 2011, que na época mantinha uma parceria com o clube de Mogi. O time de Bragança, por sua vez, mantinha parceria com o Corinthians. Foi quando o então técnico Tite pediu alguns zagueiros e meio-campistas do Bragantino para analisar. Felipe foi indicado pelo técnico Marcelo Veiga e nunca mais voltou a Bragança Paulista. No Timão, deixou o experiente Edu Dracena no banco. Hoje, ele é titular absoluto.
O último capítulo na história desse mogiano iluminado foi a convocação para a Seleção Brasileira, na semana passada. Felipe está sempre no lugar certo, na hora certa. Ele é um caso raro de competência e sorte no futebol moderno. E motivo de orgulho e inspiração aos mais jovens de todo o Alto Tietê.
Cidades
Bem Estar Animal realiza Evento de Adoção neste domingo (13), em Cezar de Souza
Cidades
Alto Tietê conta com mais de 3,6 mil vagas de emprego
Cidades
Serviços essenciais seguem durante Dia de Nossa Senhora Aparecida
Polícia
GCM de Itaquá desativa duas casas bomba e apreende 1,8 mil porções de drogas