Ser mulher é, verdadeiramente, ser resiliente. Destemida ao enfrentar a discriminação de gênero, velada e existente em todos os níveis da sociedade.
Os eventos, feitos por homens, no Dia Internacional da Mulher, creio eu, deve-se mais a uma descarga de consciência, tal qual muitos seres humanos fazem no final do ano, de levarem brinquedos a uma comunidade carente e, pronto! Está feita a boa ação e ponto final.
Mais ou menos dessa forma. Equilibrar a dose diária de dona de casa (que lava, passa, cozinha), mãe (que vai da troca fraldas ao aconselhamento à filha adolescente apaixonada), esposa (sempre cheirosa, bela e disposta ao esposo), profissional (com a agenda em dia, compromissos cumpridos e trabalho bem feito) e que ainda tem tempo para discutir política e assuntos da atualidade, preocupar-se com o próximo, enfim Tudo isso em cima de um salto agulha de 17 centímetros, com leveza (quase a insustentável leveza do ser), colorida com um bom batom e perfume característico. Ufa!!!
E assim, ainda não se achar à altura da Mulher virtuosa tão preconizada no maior best seller de todos os tempos.
Ser um mulherão, não aquele que aparece na TV, com exibicionismo de seios e bumbuns, mas o mulherão que acorda antes do sol nascer e trabalha o dia inteiro, com o corpo em movimento e a mente ainda mais, que é a última a se deitar , mas dorme o sono dos justos. É aquela que ainda sente indignação perante injustiças e cobra justiça a todo custo, sem medo de colocar seu rosto à frente, pois, antes pede a Deus que o faça, em tudo e por tudo em sua vida.
A todas essas mulheres, votos de muita força para continuar enfrentando com dignidade os preconceitos, com amor as injustiças, sem perder nunca o sentimento de indignação. Temos muito a conquistar e mais ainda para trilhar.