O senador Delcídio do Amaral disse ter recebido US$ 1 milhão do lobista Fernando Baiano, a mando do ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró, para pagar dívidas de campanha de 2006.
Ao ser derrotado nas eleições para governador de Mato Grosso, o senador contraiu dívidas entre R$ 5 e 6 milhões. Para quitar a dívida, ele recorreu a Nestor Cerveró e o também ex-diretor da Petrobras Renato Duque.
O "apoio consistiria no fato de ambos entrarem em contato com fornecedores da Petrobras, para o citado pagamento de dívidas eleitorais", diz o texto da delação premiada.
Enquanto aguardava uma resposta, Delcídio diz que procurou também outras empresas e o Diretório Nacional do PT para pedir auxílio. Segundo o relato, parte da dívida foi assumida pelo PT nacional depois que Delcídio fez contato com Ricardo Berzoini.
Segundo o texto, o senador soube que o pedido feito aos diretores da Petrobras ficou nas mãos de Cerveró. O ex-diretor da Petrobras comunicou ao senador que ele receberia US$ 1 milhão de Fernando Baiano.