Mogi das Cruzes registrou mais uma ação da Polícia Militar nos arredores do Centro Cívico, no feriado prolongado, onde costuma ocorrer grande aglomeração de pessoas, que, muitas vezes, embriagadas, promovem desordem no local, colocando em risco o trânsito de veículos e pedestres, por ocuparem parte da via pública em frente aos bares e deixarem garrafas de vidro vazias jogadas no chão. A sujeira é notória e a algazarra também. Há ainda aqueles que aproveitam para abrir o porta-malas dos carros e consumirem entorpecentes ou bebidas alcoólicas, embalados por música alta, nos chamados "pancadões", tirando o sono de moradores e desrespeitando a Lei do Silêncio. Vários casos já foram registrados na rua Narciso Lucarine, na Vila Partênio, também em Mogi, e foram relatados, inclusive, em reportagens neste jornal.
Diante deste quadro, as ações da PM, da Polícia Civil e da Guarda Civil Municipal (GCM) em Mogi e região se justificam para coibir as infrações e garantir os direitos dos cidadãos e não para reforçar um pré-conceito ou acabar com a diversão dos jovens. Afinal, como diz aquele ditado popular: "O seu direito termina onde começa o meu". E é sabido que, nestes eventos, conhecidos também como "fluxo", vão muitos menores de idade, que ficam expostos ao consumo de álcool e drogas. E não somente nos pancadões, como também em bares e lanchonetes cujo atendimento vara a madrugada.
Leis existem para serem cumpridas e todos os cidadãos precisam ter ciência dos seus deveres e não somente dos próprios direitos, desconhecendo (ou ignorando) os dos outros. Quantas vezes não nos deparamos com pessoas que não têm a mínima vergonha de jogar lixo nas ruas, seja caminhando ou dirigindo, pela janela do carro? Seja uma lata, uma garrafa plástica ou um pedaço de papel. A impressão que se tem é que não há respeito a quase nada, nem mesmo ao meio ambiente, e que na casa do "sujismundo" nem deve existir higiene.
No Carnaval, a Prefeitura do Rio de Janeiro multou 1.008 pessoas urinando nas ruas, entre elas, 816 homens, 162 mulheres e 30 pessoas de nacionalidade estrangeira. O folião que foi pego em flagrante fazendo xixi na via pública foi multado em R$ 510, conforme determina a Lei de Limpeza Urbana. Já para o descarte de pequenos resíduos no chão, o valor da multa é de R$ 185. Trata-se de um exemplo eficiente de como combater a falta de educação no País, porque há horas em que só pesando no bolso é que se entende.