A União, os estados e os municípios iniciaram o ano com saldo positivo nas contas públicas de R$ 27,913 bilhões, após oito meses seguidos de défícit primário, receitas menos despesas, sem considerar os gastos com juros. Em janeiro de 2015, o superávit primário foi menor: R$ 21,063 bilhões.
Esse foi o maior superávit primário desde novembro de 2013 (R$ 29,745 bilhões). Em janeiro de 2013, o superávit primário ficou em
R$ 30,251 bilhões. Os dados foram divulgados, ontem, pelo Banco Central.
O chefe do Departamento Econômico do BC, Tulio Maciel, explicou que em janeiro são comuns resultados mais "favoráveis", devido ao aumento de receitas com o recolhimento do Imposto de Renda das empresas pelo governo federal e do Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA) e Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU) pelos governos regionais.
Em janeiro, o resultado também foi favorecido pela entrada nos cofres federais de parte dos recursos obtidos com a renovação das concessões de usinas hidrelétricas.
Em janeiro deste ano, o Governo Central (Previdência, Banco Central e Tesouro Nacional) acusou superávit primário de
R$ 20,899 bilhões. Os governos estaduais registraram superávit primário de
R$ 6,401 bilhões, e os municipais, de R$ 1,576 bilhão.
As empresas estatais federais, estaduais e municipais, excluídas as dos grupos Petrobras e Eletrobras, tiveram déficit primário de R$ 962 milhões em janeiro último.
Os gastos com os juros - que incidem sobre a dívida - totalizaram
R$ 56,218 bilhões em janeiro contra R$ 18,022 bilhões no mesmo mês de 2015.