Entre tantos problemas causados pelas fortes chuvas, um está acima de todos: a morte. Infelizmente, os prejuízos das últimas tempestades aqui pela região foram maiores do que prejuízos financeiros ou a destruição de móveis, imóveis e veículos.
De forma direta ou indireta, pelo menos duas pessoas morreram em decorrência das chuvas. Em Ferraz, uma mulher que estava dentro de uma Fiorino caiu dentro de um córrego e em Itaquá um homem foi encontrado no rio Tietê. As duas ocorrências foram registradas no momento em que a água caía forte na região.
Mais uma vez, as prefeituras não conseguiram se precaver das chuvas. O problema ocorre todos os anos. Por mais que a Defesa Civil dos municípios realizem operações de precauções, a força da natureza sempre vence. Algumas cidades estão mais preparadas do que outras, é verdade, mas as destruições causadas pelas chuvas ainda são constantes.
Entre as administrações municipais do Alto Tietê, algumas necessitam de agilidade para amenizar os prejuízos causados no verão. Em Poá, a prefeitura prometeu entregar o piscinão em dez meses. A notícia poderia ser ótima se este piscinão já não tivesse que estar pronto há anos. Mais do que uma boa notícia, esta é uma obrigação que deve ser cobrada pela população.
Em algumas ocasiões temos, sim, que ter certa prudência. Algumas chuvas fortes têm o poder de destruir tudo. Porém, sabemos também que é obrigação a realização de serviços de precaução. Este tema lembra bastante a ocorrência recente em Mogi das Cruzes de denúncias sobre os pancadões no bairro Nova Mogilar e no Centro Cívico. A prefeitura agiu e hoje as noites são mais tranquilas, mas para isso foram necessárias várias denúncias de moradores e reportagens.
No caso da lei do silêncio, algumas ações poderiam ser feitas, como a indicação por placas em praças da cidade, ou ainda a descaracterização dos carros da prefeitura, para desta forma conseguir flagrar mais pessoas que utilizam o som alto em automóveis. Regras e medidas precisam ser criadas para acabar com o problema no início.
As fortes chuvas já mataram duas pessoas na região. Tudo indica que as vítimas sofreram acidentes. Não há como culpar o Estado ou qualquer pessoa. No entanto, estas mortes são avisos de que o Alto Tietê precisa tratar com ainda mais atenção a questão das chuvas. Ano que vem teremos mais tempestades. Que nossas cidades estejam melhor preparadas, com piscinões, córregos desassoreados e áreas de riscos monitoradas.