Essa semana vi uma foto no Facebook com antigos vizinhos do Jardim Imperador. Imediatamente, adicionei duas que não vejo há muito tempo: Angélica e Paulinha. Impossível não ser saudosista nesses momentos e que bom ser assim.
Minha infância toda a partir de minhas recordações inicia-se aos seis anos, no Jardim Imperador, aqui em Suzano.
Digo sempre para meu filho que foi uma época tão gostosa, completamente diferente dos dias de hoje, onde eles ficam dentro de casa, com aparelhos tecnológicos e não sabem a felicidade que é brincar na rua até ficar muito de noite, com a mãe berrando de dentro de casa para você entrar.
Era assim que a criançada vizinha fazia. Em todas as casas tinham duas ou três crianças da mesma idade.
Andávamos de bicicleta pelo bairro todo e apenas avisávamos nossas mães sobre isso, sem preocupação de assalto, sequestro e celulares a nos monitorar pois era realmente uma brincadeira inocente.
Na volta, ficávamos nas garagens brincando de jogos de tabuleiro ou simplesmente, sentados na calçada em frente às casas comendo pão com nescau.
Empinávamos pipas, jogávamos bolinha de gude (sim, meninas também podem fazer isso!!!), sem nenhuma preocupação de rótulos ou coisa do tipo.
Íamos ao cinema na matinê de domingo e lotávamos o Cine Saci, na fileira maior, do meio, ficando nas duas sessões: uma para realmente assistirmos o filme e na outra, para bagunçarmos com lanterninhas e outras pegadinhas normais a essa idade.
Não perdíamos uma matinê de Carnaval. Rasgávamos camisetas e pintávamos com spray para estarmos fantasiados, sei lá, acho que como Unidos do Jardim Imperador.
Crescemos. Vieram os bailinhos de garagem, as primeiras paqueras, as brincadeiras foram dando espaço a outras coisas e nos "perdemos" na fase adulta.
Mas é sempre bom quando nos achamos assim pois para mim, é que como se tudo isso estivesse acontecendo agora, tudo de novo e como é bom ter vizinhos como os que tive para recordar e levar o sentimento para a vida toda.