O Alto Tietê tem mais de 3,4 mil pessoas contaminadas pelo HIV, ou seja, a cada 446 habitantes, pelo menos um é soropositivo. Os diagnósticos confirmados predominam entre jovens de 15 a 30 anos. A doença pode ser diagnosticada precocemente e evitar com que o vírus progrida para a aids,. Na região, 35 pessoas morreram por conta da infecção apenas em 2014.
O maior índice da doença no Alto Tietê está em Itaquaquecetuba e Suzano, onde respectivamente, 28,67% e 24% dos diagnósticos foram confirmados nesses municípios. Suzano tem atualmente 823 portadores do vírus, dos quais 424 fazem o tratamento no Serviço de Assistência Especializado Centro de Testagem e Aconselhamento (SAE/CTA) da cidade. Em 2014, 13 pessoas chegaram a óbito em Suzano por conta do vírus. Em Itaquá, 982 casos de aids e HIV foram confirmados desde a década de 80.
A terceira cidade com maior número de pessoas infectadas na região é Mogi das Cruzes que, inclusive, registrou queda de 17,7% dos casos. Atualmente, 530 pessoas estão em tratamento no SAE, das quais 59 são crianças. Em novembro de 2014, haviam 450 pessoas infectadas, sendo que 44 são crianças. Apenas no ano passado, Mogi ganhou 77 novos casos em adultos e 18 crianças.
Ferraz de Vasconcelos registrou crescimento nos diagnósticos confirmados. Em comparação com o ano passado, os casos de soropositivos aumentaram 62,1%. Em 2014, a cidade teve 37 casos da doença e no ano passado, 60 novos diagnósticos foram confirmados.
Depois de duas décadas e meia de pesquisa, já sabemos que a aids é causada por um retrovírus, o HIV, e também temos boas pistas de como ela se espalhou pelo mundo e como age. Só não temos a menor idéia de como resolver o problema. Ou seja, os próximos anos não deverão ser fáceis para lidar com esta situação. As perspectivas poderão ser piores para quem sofre, além do HIV, com a pobreza.
Algumas previsões, principalmente para a África, são assustadoras: segundo o Unicef, nos próximos cinco anos o continente terá 18 milhões de crianças que perderam seus pais devido à aids. O órgão Unaids afirma que, se não houver investimentos a longo prazo, o número de vítimas da doença pode chegar a 83 milhões em 20 anos, mais de três vezes o número total de vítimas do HIV até hoje no mundo.
Em um futuro próximo, não há previsão de se alcançar uma cura ou vacina. Neste cenário, o melhor a fazer é impedir que o vírus se espalhe.