Uma nuvem de gás formada por um produto químico chamado ácido dicloroisocianúrico de sódio interditou o terminal portuário do Guarujá, no litoral de São Paulo na tarde de ontem. Segundo informações da empresa Localfrio, responsável pelo pátio de cargas do terminal alfandegário, onde está o container que vazou, o incidente aconteceu por volta das 15 horas. Já a área onde ficam os pátios é de responsabilidade da Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp)
O vazamento no terminal fez com que uma enorme fumaça tomasse conta da avenida Santos Dumont, a principal de Guarujá. Moradores tiraram várias fotos e postaram nas redes sociais da Internet. Quem andava pelas vias da área central tentava se proteger com a camisa e até com máscaras, que foram doadas em postos de saúde do município, que também atendeu algumas pessoas que passaram mal por inalar a fumaça.
Até o início da noite de ontem, dezenas de moradores próximos aos terminal deram entrada na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Boa Esperança, com irritação nos olhos, dificuldades de respirar, tontura ou náuseas. A prefeita Maria Antonieta de Brito (PMDB) pediu para os moradores não saírem de suas casas e ordenou a evacuação dos três quarteirões próximos ao local do acidente.
Os detalhes do vazamento são apurados por técnicos contratados pela empresa, mas a Localfrio informou que o container que armazenava o ácido, provavelmente, foi afetado pela água da chuva. Isso pode ter levado a uma reação química que causou uma combustão, formando a névoa química, que é vista na cidade de Santos, a cerca de 10 km de distância. O Corpo de Bombeiros iniciou os trabalhos poucos minutos após a fumaça se espalhar.
A prefeitura de Guarujá informou, ontem, que equipes trabalhavam em conjunto com a Defesa Civil Estadual, o Corpo de Bombeiros, o Exército e secretarias de Saúde, Meio Ambiente, Governo e Defesa Social.