Compartilho, hoje, uma passagem histórica de Monsenhor Jonas Abib. Ela, que de forma tão sublime, embora remota, continua atual.
Na idade antiga, na época da monarquia, quando um rei era informado que alguma aldeia estava em desordem, ele mandava avisar que iria fazer uma inspeção, para checar se as leis estavam sendo cumpridas e se seria necessário decretar a Parusia. Essa era a oportunidade para a mudança. Nos casos de verdadeira transformação, o momento era de comemoração. A majestade, assim que chegava, celebrava o sucesso da organização e do ajuste.
No entanto, em outros poucos povoados, a situação era diferente. Alguns permaneciam nos erros e acabavam colhendo os frutos da desorganização e da desídia que plantaram no tempo da desobediência.
Esse tipo de situação pauta nosso dia a dia, infelizmente. Faltam-me dedos para contar as cidades que não cumprem a lei de responsabilidade fiscal, por exemplo, ou que não obedecem preceitos acerca das metas dos repasses de verbas públicas e que, ao serem avisados e orientados sobre os "erros", continuam na claudicação, insistindo numa vertente questionável.
O prejuízo sobra para quem, mesmo? Para o povo, para quem mais precisa. Por essa razão, nos deparamos, dia sim, dia não, com escândalos.
Ora, se analisarmos friamente, então, a Parusia deveria ser decretada já, por pura necessidade do povo! Vivemos, sim, meus senhores, outros tempos, mas com direito à reedição de "velhas práticas".
Que tal começarmos aceitando a vinda de nosso Rei maior? Conforme descrito em 2Pd 3,9, "o Senhor não tarda a cumprir sua promessa, como alguns interpretam a demora. É que Ele está usando de paciência conosco, pois não deseja que ninguém se perca. Ao contrário, quer que todos venham a converter-se".
Portanto, todos podem decidir pelo bom desempenho, em tudo e em todas as esferas da vida, optar pelo bem e aproveitar as chances que têm. Diante disso, desejo que 2016 seja um ano de fé e de esperança, para não precisarmos lançar mão da Parusia.