O ministro do Trabalho e Previdência Social, Miguel Rossetto, disse que espera colocar em dia "o mais rápido possível" o serviço de perícias do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), interrompido parcialmente pela greve dos médicos. A paralisação foi a mais longa e durou quatro meses. 
Os médicos decidiram voltar ao trabalho na segunda-feira que vem, com o compromisso de o governo continuar discutindo as reivindicações da categoria. "Estamos muito seguros que, à medida que haja a finalização da greve e a volta ao trabalho, como está acontecendo, nós possamos rapidamente recuperar a normalidade operacional", disse o ministro, após o lançamento de pacto pelo trabalho decente nas Olimpíadas e Paralimpíadas.
"Será colocado todo empenho, no prazo mais rápido possível, na área de perícia médica", frisou.
De acordo com estimativa do INSS, 1,3 milhão de perícias médicas deixaram de ser feitas, desde o início da mobilização, em 4 de setembro. 
Segundo a Associação Nacional dos Médicos Peritos, o retorno será em estado de greve, o que pode ser rompido a qualquer momento, se os acordos não forem cumpridos. Entre as reivindicações, estão aumento salarial de 27,5%, a redução da carga horária de 40h para 30h semanais, além de concurso para recomposição de quadros. 
Na volta, os peritos prometem priorizar o atendimento essencial, daqueles que procuraram o INSS para solicitar auxílio-doença pela primeira vez.
Também é atribuição dos médicos conceder aposentadoria por invalidez e a liberação para volta ao trabalho depois de licença. (A.B.)