Menos de um mês após deixar o governo, o ex-ministro da Fazenda, Joaquim Levy, voltará a um órgão financeiro. Em 1º de fevereiro, ele assumirá a Diretoria Financeira do Banco Mundial (Bird), com sede em Washington (EUA). Ele substituirá o francês Bertrand Badré. O diretor financeiro é responsável pelo controle da tesouraria do órgão, incluindo as operações financeiras, o orçamento corporativo e o gerenciamento de risco e de controladoria. Na estrutura do Bird, Levy estará abaixo apenas do presidente da instituição, Jim Yong Kim.
Por se tratar de um órgão multilateral, com participação do governo brasileiro, Levy não precisará cumprir a quarentena a que estão submetidos ex-ministros. A proibição de exercer cargos seria necessária apenas se ele retornasse ao setor privado. Embora tenha sido anunciada extraoficialmente na última sexta-feira, a nomeação de Levy só foi confirmada ontem pelo Banco Mundial.
O órgão também confirmou a nomeação do chinês Shaolin Yang para a Diretoria de Administração do Bird, que coordenará a estratégia organizacional, a elaboração do orçamento, o planejamento e as áreas de tecnologia e de informação do banco.
Esse será o segundo cargo internacional exercido por Levy. De abril a dezembro de 2006, ele foi vice-presidente de Finanças e de Administração do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID). Levy assumiu a função logo após deixar a Secretaria do Tesouro Nacional. Em 2007, ele assumiu a Secretaria de Fazenda do Rio de Janeiro. De junho de 2010 até o fim de 2014, quando foi convidado a ser ministro da Fazenda, trabalhou na Divisão de Gestão de Ativos do Banco Bradesco. (A.B.)