O estado de atenção, alerta ou de emergência, basicamente, são decretados por órgãos de monitoramento meteorológico ou pela Defesa Civil do município atingido por desastras naturais de pequeno, médio e grande porte, respectivamente. Por exemplo, o temporal que passou por Poá no último sábado é considerado de grande porte e, por conta disso, foi decretado o estado de emergência. Já em Mogi, não houve tantas enchentes, e assim a cidade teve seu estado de alerta acionado. A medida acaba sendo utilizada também para casos de desordem civil, guerra ou conflito no País, estado ou cidade. Em Suzano, a prefeitura declarou estado de emergência na Santa Casa.
Independente das palavras usadas para definir a situação em que se encontra a unidade hospitalar suzanense, o alerta sobre a calamidade do setor da Saúde no município já foi dado há tempos. Qualquer morador da cidade sabe que a grande maioria das pessoas preferem pegar duas "conduções" e receber atendimento no hospital Luzia de Pinho Melo ou na Santa Casa de Mogi das Cruzes. Muitos temem por erros médicos, outros reclamam do mau atendimento.
Diante disso, a prefeitura prorrogou a intervenção na unidade. A irmandade que controla a Santa Casa tem mostrado incapacidade para administrar o hospital. Em meio a crise financeira, a população suzanense segue sem um atendimento de qualidade na área da Saúde. Mas este "estado de emergência" poderia muito bem ser utilizado em outras cidades e outros setores.
Entre os casos que chamam a atenção está a criminalidade no Alto Tietê. O roubo e furto continua em alta nas cidades e a página policial dos jornais sempre cheias de tragédias, que poderiam ser evitadas caso a região recebesse mais investimentos na Segurança Pública. Por isso, o medo das pessoas em andar pelas ruas e ser vítima dos criminosos só confirma que a segurança também está em estado de emergência.
Talvez todo brasileiro viva em um estado de emergência absoluto, onde todas as áreas merecem um tratamento urgente das administrações. Outro exemplo está nas empresas públicas e instituições criadas para atender à população. Ontem, a equipe de reportagem do jornal fez uma matéria sobre uma mulher que desmaiou dentro uma agência da Caixa Econômica Federal em Suzano, em um típico caso de desrespeito. Ela já estava com problemas de saúde e teve de ficar 40 minutos em pé para ser atendida. Não aguentou e caiu inconsciente. Uma ambulância do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foi quem atendeu a emergência.