O governador Geraldo Alckmin, com certeza absoluta, conserva algum trauma de infância, mais precisamente das escolas que frequentou.
E isso fica claro por exemplos que tem apresentado durante suas gestões frente ao Executivo paulista.
Assim, em época que ainda se guarda na memória, quando os protestos tomaram as ruas, de início acenou com a força, para, depois, rabinho entre as pernas permitir ações de violência explícita por grupos de baderneiros.
Naqueles dias, o fechamento de artérias da capital paulista, por onde flui o grosso do trânsito, caminho obrigatório de hospitais, era perfeitamente normal. Tudo em favor da livre expressão das massas!
Depois disso, a reboque da permissibilidade que grassou, volta e meia grupelho protestava, mesmo sem saber porque, e o mandatário, do berço esplêndido em que reina, a tudo apreciava, passivo.
Em meses de agora, levado por política insana de fechamento de escolas públicas, ele, que já mandara em outra ocasião descer o pau em "formidável exército de... professores", determinou que pelotão de elite, munido de invejável aparato bélico, dispersasse e prendesse grupo de estudantes, meninos com pouca idade, que ousava, pacificamente, protestar.
Mudando subitamente de posição, o que de seu estilo, voltou a usar da desculpa que os transtornos causados ao trânsito legitimavam a medida (que, absurdamente, não valeu, nesse entremeio, para aqueles poucos que foram para as ruas festejar o início do processo de impedimento da presidente da República).
Mesmo que tenha anulado, a força, e outra vez fincado nas estatísticas, o propósito de "reorganizar o ensino", a mancha da covardia explícita jaça o seu governo de forma indelével.
De quebra, em farsa imperdoável, encontrando rapidamente culpado, exonerou o secretário da Educação Herman Voorwald, o que seguira suas ordens.
Que ele abomina o ensino, professores e estudantes, fica claro. As razões? Cabe aos psicólogos explicá-las!