Enquanto os grupos políticos pró e contra a presidente Dilma Roussef se degladiam, a economia do País acelera ladeira abaixo. A crise é política, desabando em cheio sobre o setor produtivo. A presidente não tem mais a confiança do brasileiro (as pesquisas de opinião mostram isso há muitos meses) e, por conseguinte, ela também não inspira confiança para os que comandam a economia. Com esse clima de desânimo total no cenário econômico, todos sabem de cor de ondem vêm os problemas que afligem o Brasil: do Palácio do Planalto, onde atua a presidente e do prédio do Congresso Nacional.
E as críticas à presidente, ao seu ministério improdutivo e à grande maioria dos congressistas não são de graça. Não há sequer um segmento da economia brasileira que esteja bem, com dados positivos, em crescimento ou pelo menos estável. Todos estão demitindo, acumulando prejuízos em cima de prejuízos, fechando fábricas, encerrando atividades de lojas, pisando no freio. Ou seja, aquela marolinha que o ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva dizia que nos pegaria, na realidade, se transformou em uma enorme tsunami, misturada com terremoto, vulcão e furacão, com impactos diários no lombo do brasileiro que produz. Sim, quem paga é justamente quem financia todos os governos, todos os Três Poderes. Quem paga somos todos nós, que pagamos impostos em tudo (ainda não há imposto para respirar, pelo menos por enquanto).
Recentemente, o presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Paulo Skaf, disparou, sem pestanejar e sem lerolero: Ou a presidente Dilma melhora o governo ou é melhor ela sair". Melhorar? Isso é bem difícil. Aquela velha frase do deputado-comediante Tiririca, "Pior que está não fica" caiu por terra há muito tempo. Fica e ainda vai ficar, infelizmente. Esperem quando a grande massa estiver já sem o seguro-desemprego e, sem perspectivas de reemprego e de obter algum dinheiro o que pode acontecer neste País. A inflação bateu na casa dos 10% e o desemprego caminha para o mesmo patamar e todas as promessas mostram-se mentirosas, fora da realidade, história para boi dormir.
Não estamos falando de gostar ou não de Dilma, ser simpatizante ou não da sua figura. Trata-se da dura realidade: o País, comandado por ela, descanbou na ribanceira da inflação, dos juros altos, do desemprego e da desesperança. O que importa é que, enquanto perdurar esse cenário - sai Dilma, fica Dilma - a paralisia na economia vai continuar e o empresário - e o grande capital - não vão voltar a investir.
Entenderam ou querem que desenhemos?