Mais uma vez o mundo foi sacudido por uma tragédia. Os atentados em série em Paris na sexta-feira ganharam atenção máxima da mídia pelo mundo afora. São 129 mortos e centenas de feridos. Infelizmente, esse não deve ser o único atentado em função do fundamentalismo religioso que tem hoje, no Estado Islâmico (EI), sua maior expressão.
O atentado já provoca fortes reações dos países que combatem o EI. A Casa Branca anunciou que EUA e França irão intensificar as operações e as trocas de informações de inteligência contra o Estado Islâmico na Síria e no Iraque. Muito provavelmente isso deverá motivar novos ataques.
A luta contra o terror fundamentalista é sempre muito difícil, pois ele se espalha e se infiltra entre aqueles que serão suas vítimas. Nas guerras santas, independente do período histórico em que ocorreram, homens, mulheres e crianças sempre foram mortos em nome de Deus.
Mas não temos apenas essa notícia triste. Elas são inúmeras e diversas. Notícias trágicas assim têm nos atingidos cada vez com mais frequência. São muitas, todo tempo e o tempo todo. A velocidade é tanta que nós não temos tempo nem de refletir sobre elas. Antes mesmo de assimilar o fato da vez, já estamos diante de outra tragédia.
O impacto causado com o rompimento da barragem no município de Mariana (MG) que deixou um rastro de morte de pessoas e de natureza, fruto do desleixo de uma empresa irresponsável, rapidamente perdeu espaço para outra tragédia.
Além dos atentados na França e do rompimento das barragens no interior de Minas Gerais, temos muitas outras tragédias. Chacinas nas grandes cidades, briga entre torcidas, crimes de intolerância, conflitos na Síria, fome na África etc.
São tantas que, infelizmente, não temos tempo de perceber o óbvio. Por trás dessas inúmeras tragédias temos o mesmo fio condutor: o enorme desprezo pela vida humana.