O cartorialismo, a burocracia, no país, nunca foi novidade para ninguém!
Fincados em costumes antigos os órgãos públicos se arrastam por um emaranhado de regras, as mais ultrapassadas.
Pobre daquele que necessita de uma certidão, declaração, ou outro documento qualquer! Está fadado a enfarto precoce ao enfrentar a ladainha, a empáfia, e as exigências de despreparados agentes, que seguindo o ramerrão comum, ainda mais emperram a já lenta e envelhecida máquina.
Some-se a isso a vaidade inerente a parte de dirigentes, que se julgam inalcançáveis, vendo de cima a sociedade carente que necessita de seus préstimos.
Buscando sair do anonimato e conquistar seus segundos de projeção - por vezes nefasta - trocam evidências por pretenso almanaque de posturas, mesmo que na contramão dos anseios populares.
Nesse passo, a Universidade de São Paulo teve o dissabor de contar em seus quadros com brasileiros dignos de nota, que privando-se de tudo, se imiscuíram nos laboratórios, conseguindo remédio que, ao menos em tese, favorece o combate a tipo de câncer.
De imediato, os desenganados, puseram suas mínimas esperanças nas pílulas que poderiam ser salvadoras.
Aparece em cena o diretor da Agência Nacional de Vigilância Sanitária, a Anvisa, instituto especializou-se em multar bares e similares, em ações, grande parte das vezes contestadas, e no mais torpe "prendo e arrebento", prometeu agir fortemente contra a célebre casa de ensino superior, eis que a substância não teria passado por testes clínicos, não conta com o selo de agência federal, e não foi fabricada em laboratório de medicamentos.
Em seu afã de glória chega a atacar o Supremo por ter acatado o desejo de doente terminal que busca sobrevida, determinando a liberação, a ele, da droga.
O chefete deveria se recolher a sua insignificância, e permitir aos que nada tem a perder, que exerçam o magno direito de tentar melhores dias. Por que não fecha a matraca ao invés de encher o saco?