Desarmar a população, como ocorre no Brasil desde 2003, com a entrada em vigor do Estatuto do Desarmamento, não fez com que o País reduzisse as mortes por armas de fogo.
Como sustenta o professor universitário Denis Rosenfield: "O direito à autodefesa é pilar de uma sociedade livre e democrática. No Brasil, os bandidos continuam a ter acesso livre às armas de fogo e o cidadão fica à mercê dos criminosos".
Na prática isso significa que: se um ladrão invadir sua casa, você não terá como se defender, mas ele estará armado e não vai ter a mínima consideração com a sua vida e da sua família.
Soubesse o ladrão que você e a maioria da população tivesse uma arma em casa para sua autodefesa, ele pensaria duas vezes em tentar atacá-lo, pois seria revidado. Não se trata, para o cidadão, de nenhum direito de matar, mas do direito de conservação da própria vida, do direito de defesa.
Nos Estados Unidos, dados de 2010 dão conta de que existem 270 milhões de armas de fogo nas mãos dos civis - entre 86 e 93 armas para cada 100 habitantes -, é quase que uma arma para cada cidadão.
No Brasil, estima-se em 15 milhões o número de armas de fogo com a população - ou seja, oito a cada 100 habitantes.
O resultado dessa comparação é que mesmo o Brasil tendo quase 20 vezes menos armas que os Estados Unidos, mata-se mais aqui do que lá. Em 2013, foram pouco mais de 11 mil mortes por armas de fogo na Terra do Tio Sam. Já aqui, em 2010, foram mais de 36 mil mortes por armas de fogo. Vinte vezes menos armas que os americanos, mas três vezes mais assassinatos.
Nos Estados Unidos, 58% dos homicídios ocorrem por armas de fogo. No Brasil, esse índice chega a 70%.
Outro exemplo é a Suíça, um dos países em que o povo está mais armado no mundo. Em 2013, lá houve apenas 18 homicídios com armas de fogo.
A verdade é que a impunidade é nojenta, o Estado não coíbe a violência, o cidadão pagador de impostos fica à mercê dos bandidos e estes são tratados como coitados pelos representantes dos direitos humanos. As vítimas? Poucos se preocupam com elas.
Viram como é balela tirar apenas as armas da população, enquanto a bandidagem e o crime organizado estão armados até os dentes? Tirar arma do cidadão de bem é fácil. Agora, tirar arma do bandido e impedir o contrabando via fronteiras, que mais parecem um queijo suíço, tamanho os "buracos", ou mesmo por outras formas, aí é outra história.