Enquanto em Brasília, centro político da nação, só se pensa em impeachment da presidente, ou como se livrar dele, o restante do País padece das maluquices econômicas que a cada dia ganham contornos criminosos. 
Aqui embaixo, no Brasil de verdade, das pessoas reais, a situação está insustentável, justamente graças a tantas pixotadas (ou seriam pixulecadas?) vindas dos Três Poderes - justamente aqueles financiados pelos nossos impostos, e que nos devolvem pouco, quase nada de bom, a não ser carretas e mais carretas de problemas.
E as notícias ruins, oriundas de um desgoverno total, continuam a nos assustar. Pesquisa encomendada pelo Sindicato da Micro e Pequena Indústria de São Paulo (Simpi) ao Datafolha, mostra outra face do horror em que transformaram o País. 
O estudo aponta que a dificuldade de acesso a crédito tem levado os micro e pequenos industriais a medidas extremas para obter capital de giro - ou seja, para tocar e manter o seu negócio e continuar gerando empregos, riquezas para o País e, principalmente, impostos.
Nada menos que 23% das micro e pequenas indústrias recorreram ao uso do cheque especial em setembro para pagar suas dívidas. Isso com o cheque especial na cifra astronômica de 400% ao ano de juros - fato que em um país sério seria encarado como assalto a mão armada, roubo qualificado, mas que no Brasil governado por malucos virou coisa natural. 
O estudo feito pelo Datafolha a pedido do Simpi aponta ainda que 57% dos industriais afirmam que o capital de giro é muito pouco ou insuficiente, fazendo com que precisem tomar medidas emergenciais para solucionar o problema.
Isso tudo aprofunda a crise, o endividamento das empresas e a inadimplência: 68% das empresas estão com o futuro em risco e 26% dos empresários veem perigo de fechamento em até três meses.
E todo esse cenário, criado pela inabilidade política, econômica e administrativa do governo central, vai cair como uma bomba na oferta de empregos para a população, pois o índice de demissões voltou a subir em setembro e o número de empresários que admitem o fechamento de vagas chegou a 27%, ante os 19% no mês anterior.
Aí resta uma pergunta: Quem vai salvar as empresas?