Tom Wolfe, autor do livro Fogueira das Vaidades, chamou os anos de 1970 de "década do eu". Os anos de 80, ele chamou de "década da febre do dinheiro".
Michael S. Horton, editor do livro Religião de Poder, sugeriu que os anos de 90 poderiam ser chamados de "década da busca de poder", época da mais obsessiva expressão de narcisismo. Essa busca afetou a igreja, em cujos púlpitos mais o que se ouvia dos pregadores era declaração de exigência de prosperidade que deveria vir da "fonte de poder", o Evangelho, anunciado pelos pastores evangélicos dos "ministérios de poder" do movimento de crescimento da igreja, defendido por C. Peter Wagner e Vineyard Fellowship. A mistura de psicologia, mágica e religião fez encher os bancos das igrejas de ouvintes desejosos de cura e prosperidade, sem quase nenhum interesse da salvação pela cruz de Cristo. Robert Schuller, um desses famosos pregadores, ousadamente afirmou: "Você não sabe quanto poder há em você!... Você pode transformar o mundo naquilo que quiser que ele seja". Esse conteúdo teológico antropocêntrico, distorcido da verdade, se identifica mais com os escritos de Rhonda Byrne em seu livro O Segredo que nos diz que o grande segredo da vida é a "lei da atração". Seus pensamentos criam sua vida futura. Em depressão você atrai coisas ruins; se o teu desejo for de bem estar, ele vai atrair coisas boas para sua vida pelo poder do pensamento.
Como o gênio de Aladim, a lei de atração atende a todos os nossos pedidos. Salmo 62:11: "Uma vez falou o Senhor, duas vezes eu ouvi isto: Que o poder pertence a Deus". O homem natural, desviado da fé em Deus, faz do seu pensamento, com ingênua credulidade, o "gênio da lâmpada" que lhe dá tudo o que pede.
Ilusória promessa de poder que Rhonda Byrne só faz atiçar a chama da cobiça do homem de possuir sem merecer.
O ser humano limitado em sua criação, nenhum poder sobrenatural possui, ele vem de Deus ou vem do diabo; nós somos apenas um canal por onde passa essa energia transcendental.