Recentemente, o Brasil se notabilizou por ser o primeiro entre os emergentes na perda de investimentos externos. Cerca de R$ 40 bilhões saíram do país, sendo que a maioria pertence a fundos de pensão e investidores institucionais que buscam aplicações seguras, em regra. As normas de vários desses fundos só permitem que apliquem recursos em países que possuem o grau de investimento de classificação, coisa que o Brasil perdeu há pouco. Para um país em crise e recessão, obviamente, a perda de capital é mais um golpe na cambaleante estrutura nacional. É difícil porque esse tipo de investidor demora para voltar, quando volta. Já, os investidores internos do setor produtivo estão alarmados, por falta de demanda, competitividade e, muitas vezes, abatidos pelo desânimo. Alguns bons empresários com condição para isto, têm buscado alternativas fora do Brasil, em mercados mais aquecidos e estáveis como o dos Estados Unidos, por exemplo, e há uma série deles, de vários segmentos que já se transferiram para lá com suas famílias em definitivo, com negócios pequenos, médios e até grandes, atraídos por esse citado mercado e pelas boas vindas que recebem do governo norte-americano que os contempla com vistos de permanência tipo EB5 para quem investe determinada monta de capital e cria dez empregos. Ou seja, o país mantém uma política clara de incentivo à iniciativa privada que produz, através desse e de muitos outros facilitadores ordenados. Já, aqui no Brasil, o que o empresário enfrenta, em regra, é burocracia excessiva, uma grande falta de segurança e de apoio claro do governo. Ainda, é estigmatizado pela sociedade como explorador e quem ganha dinheiro fácil: uma grande falácia para quem conhece a realidade dos empresários sérios, sua dedicação e riscos que correm. Se o país carece de recuperar o grau de investimento para atrair de volta, fundos e investidores em seus títulos e afins, carece mais ainda de tornar seus programas de incentivo à produção em algo factível e fluente que não fique emperrado pela falta de lubrificação da própria máquina estatal!