Estações de trem sempre servem como ponto de encontro. Quando queremos encontrar alguém é praxe dizermos: "Fica perto da catraca da estação X que te acho". 
Mas o que gosto mesmo é daquele encontro inesperado, do tipo que você pensa: "no meio dessa multidão, como é que fui te encontrar"? É realmente como encontrar agulha no palheiro!
Geralmente é aquela pessoa que você não vê há séculos e que, por incrível que pareça, mora ainda na mesma cidade que você ou até no mesmo bairro. 
Adoro quando isso acontece. É a garantia de uma viagem com recordações de momentos vividos, isso, lógico se a pessoa encontrada é alguém que eu já tenha algo em comum porque pode acontecer de você encontrar aquela pessoa que seria a última da face da Terra a querer esbarrar!
Quase sempre encontro pessoas conhecidas nos vagões e como também sou refém da tecnologia e me distraio muitas vezes com o celular, essas pessoas passam despercebidas ou surgem situações engraçadas.
Outro dia, ao embarcar em Guaianases, logo fiquei no lugar costumeiro quando não consigo o camarote do vagão: bem no meio dos bancos. Distraída com a conversa no celular fiquei aguardando a partida do trem para a Luz.
Nesse dia, não tinha ninguém como companhia como normalmente tenho, então dei total atenção aos grupos incontáveis no Whatsapp.
Logo apareceu uma mensagem: "Bom dia! Onde você está"? "Estou no trem em Guaianases aguardando a partida e você?", respondi rapidamente. "Ao seu lado"!
Quando olho para o lado vejo o Jefferson dando risada de mim, pois ele disse que eu estava tão distraída, digitando e ainda dançando com a música que estava ouvindo no fone, que nem ouvi os três "bom dias" que ele havia dito. O jeito foi me mandar por mensagem mesmo!
Ainda bem que não estava fazendo nada de errado, não é? Porque sempre tem alguém onde você menos espera a te observar e que saem por aí dizendo que te viram fazendo não sei o que nem com quem!