Por mais que hajam campanhas contra a dengue há décadas no Brasil, a eliminação desta doença continua sendo um dos grandes desafios na área da saúde. Mais de 745 mil brasileiros já foram diagnosticados com o problema no início deste ano. A maioria dos mosquitos que surgem tem foco domiciliar, ou seja, se reproduzem em algum ambiente da casa e passa a viver no interior do imóvel.
A região sudeste concentrou o maior número de total de casos, 66,2% (489.636). Em 2015, foram confirmadas 229 mortes causadas pela doença nas 15 primeiras semanas do ano em todo o País.
Devido aos números alarmantes, não custa relembrar os sintomas causados pelo temido pernilongo de três pares de patas longas e abdômen listrado nas cores preto e branco, o aedes aegypti: febre alta, enjoo, manchas vermelhas pelo corpo e dores nas juntas, cabeça e olhos. Também não custa repetir que água parada em qualquer tipo de recipiente é o principal convite para o mosquito proliferar.
A região do Alto Tietê registrou pelo menos oito vezes mais casos confirmados de dengue de janeiro a março de 2015 em relação ao mesmo período do ano passado. E o número de pessoas que contraíram a doença no município onde moram é 23 vezes maior neste ano do que o registrado no período anterior. A "explosão" da dengue no Brasil afetou até Biritiba Mirim, que há cinco anos não registrava casos de dengue.
Para tentar combater este velho e quase imbatível inimigo, as administrações municipais participaram, na quinta-feira passada, do encontro estadual sobre o tema, onde foram expostas estratégias para combater a proliferação do mosquito.
A participação das autoridades da região foi mais do que necessária na reunião: em Ferraz de Vasconcelos há uma ocorrência para cada 287 habitantes. 642 casos foram confirmados no município. Em Arujá, a cada 299 moradores, pelo menos uma pessoa é infectada. O mosquito já infectou 280 pessoas no município. Em Suzano, já foram registradas 380 ocorrências confirmadas de dengue, sendo que 347 foram contraídos dentro do próprio município e 33 são importados; 47 ainda estão aguardando confirmação. Mogi das Cruzes já tem uma ocorrência do vírus para cada 494 habitantes, totalizando 858 infectados. Em Itaquaquecetuba, 805 pessoas contraíram o vírus, sendo 788 autóctones e 17 importados.
Enfim, os números mostram que a situação ainda é preocupante e que o Poder Público e as pessoas precisam continuar atentos.