Na última quinta-feira, o jornalista Alexandre Garcia levantou a hipótese de o governo apoiar a greve dos servidores do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). Apesar de não afirmar nada, ele sugere que a paralisação vem em boa hora, uma vez que adia o pagamento de novas aposentadorias e benefícios aos seguros. Com toda certeza não se trata de algo prejudicial em tempos de crise econômica.
A "teoria da conspiração" sobre a greve do INSS assombra diversos outros setores e, se perguntado para alguns ex-funcionários ganham informações contundentes para se acreditar nela. Uma coisa leva a outra, mesmo que não diretamente. Sobre a Previdência Social, é preciso lembrar o leitor que o governo alterou a forma para se conseguir alguns benefícios, além de alterar os requisitos para a aposentadoria. Medidas que ajudam a diminuir a facilidade do trabalhador em conseguir tais direitos, e consequentemente, menos dinheiro sai dos cofres da previdência.
Já se falaram que o Estado poderia fazer a mesma coisa com a Segurança Pública, por exemplo. Duas horas sem sistema nas delegacias, acarreta em menos boletins de ocorrências registrados nas cidades e, no final do mês, o índice de crimes diminui. Tudo se assemelha às pedaladas fiscais de Dilma, a tática de empurrar para frente o problema. Uma hora ou outra o trabalhador terá seu benefício pago, sim, mas não agora. O boletim de ocorrência também será registrado, mas não hoje.
A teoria cabe para dezenas de outras áreas, para licitações de obras, que com um cancelamento, por exemplo, dá a chance de outra empresa se adequar ao edital. Tudo com um interesse por trás da ação.
O ato em si não é cumprido como deveria, mas não há legislação para punir tal tática. Pelo menos por aqui. Esse, com certeza, é o tal do "jeitinho brasileiro".