No acumulado em 12 meses  (agosto de 2014 até agosto deste ano), o Brasil já extinguiu 985.669 vagas com carteira assinada, segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) divulgados ontem. Nos primeiros oito meses deste ano, de janeiro até agosto, o número de empregos com carteira assinada extintos foi de  572.792.
Os números das vagas de emprego com carteira assinada fechadas este ano somente no Alto Tietê estão em reportagem na página 6.
O ministro do Trabalho e Emprego, Manoel Dias, afirmou ontem que não é possível firmar um prazo para a recuperação do emprego formal. "O tempo que durará isso (demissões), não dá para fazer avaliação", disse. Ele admitiu que o Brasil pode assistir ao fechamento de mais de um milhão de postos formais de trabalho este ano. 
Autodeclarado otimista por natureza, Dias garantiu que torce a favor do Brasil. "Temos procurado fazer políticas ativas para contribuir na redução das expectativas de retração do mercado de trabalho", afirmou o ministro. Segundo ele, a própria contratação de empreendimentos pelo governo, como o Minha Casa Minha Vida, terá capacidade de gerar empregos.
Dificuldades
Dias procurou minimizar o problema e jogar a culpa na oposição e afirmou que as dificuldades enfrentadas pelo governo na área econômica são agravadas pelo discurso negativo. "Os que perderam a eleição não se conformaram e querem aproveitar agora, num momento de dificuldade, para desestabilizar o governo." Nesta área, Dias considera que o governo "perdeu a batalha da comunicação", diante da dispersão dessas notícias negativas. "Cabe ao governo estabelecer estas ações que vão levar a uma expectativa positiva. Entendo que o governo perdeu a batalha da comunicação, as notícias divulgadas são negativas", disse. (AE