Entendemos que governar um País de terceiro mundo como o Brasil não é tarefa simples para ninguém. Mas, uma vez presidente da República, é preciso bater no peito e assumir a responsabilidade. Infelizmente, não é esta atitude que vemos da nossa atual comandante. O que mais precisa ser provado para chegar-se a conclusão de que os governos petistas estão envoltos em corrupção e são coniventes com ela? Cabe ao governo buscar soluções para as crises política e econômica enfrentadas pelo País. Dilma Rousseff não pode responsabilizar a oposição por problemas que ela própria criou. O Partido dos Trabalhadores é incapaz de assumir seus erros e tenta "terceirizar" responsabilidades políticas para solucionar a crise. E Dilma não admite que há algo errado, e nem tem culpa de nada.
Há mais de 20 anos, desde os tempos do governo de Fernando Collor, o Brasil não vivia um período tão longo de desencanto. E como esperar uma mudança de rumo se a presidente não consegue ver onde está, muito menos para aonde está indo? Mesmo assim, há quem ainda ovacione Dilma em qualquer discurso realizado por ela. Do outro lado, há quem queira o seu impeachment. E onde entra a nossa fraquíssima oposição nesta história? Ela é morna e muitas vezes nos passa a impressão de estar em cima do muro. Estão com medo do quê? Acusações contra o que fizeram no passado?
A verdade é que um depende do outro. Os dois lados simulam uma guerra aberta, mas não é. Há quem diga que seria pouco vantajoso para PMDB ou PSDB assumirem o poder agora, em meio à atual situação econômica, com previsão de retração de 1,5% neste ano, desemprego e inflação em alta. Talvez a oposição prefira mesmo que o PT assuma a culpa dos os problemas.
Por isso, não é hora de acreditar em nomes ou partidos políticos, e sim, no País. Já não existe mais aquela figura do governante "salvador da pátria", e a população, de uma forma geral, já não é ignorante ao ponto de acreditar nisso.