A partir de hoje o preço dos pedágios nas estradas federais ficam mais caros. A Agência Nacional de Transportes (ANTT) autorizou a revisão da tarifa em até 16,8%. Na região do Alto Tietê, a rodovia Presidente Dutra (BR-116) sofreu reajustes de 14,81% e os valores serão alterados de R$ 2,70 para R$ 3,10 nas praças de Arujá e Guararema. As motocicletas pagam a metade do valor. Os caminhoneiros pagarão R$ 9,30.
A mudança vai impactar ainda mais os caminhoneiros, pois eles pagam mais caro, já que em veículos de carga, mesmo vazios, é cobrado pelas rodas que estiverem no chão, o chamado eixo baixo. Os eixos suspensos ficam isentos da tarifa. A autorização do reajuste foi publicada no Diário Oficial da União de 23 de julho e atinge um total de oito praças entre Rio de Janeiro e São Paulo.
As novas tarifas repercutiram entre os caminhoneiros que já avaliaram o reajuste como um enorme prejuízo, pois antes do aumento já gastavam cerca de R$ 3 mil por quinzena apenas com o pedágio. "Isso é muito ruim, porque sai do meu bolso, mas a gente inclui no valor do frete", contou o caminhoneiro Milton José Costa, de 53 anos, que chega a pagar até R$ 700 de pedágio em apenas um mês.
O também caminhoneiro Fábio Morais, 32, foi mais um que se mostrou contrário aos reajustes, pois ele já calcula prejuízos. "Hoje, eu chego a pagar até R$ 900 de pedágios, dependendo das viagens", contou ontem à equipe de reportagem do Dat. "Se tiver que passar pela rodovia Castelo Branco é ainda pior, porque tem um pedágio atrás do outro".
Segundo a Artesp, conforme os contratos de concessão, em 12 concessionárias foi aplicado o IGP-M acumulado entre junho de 2014 e maio de 2015, registrado em 4,11%. Os outros sete contratos de concessões rodoviárias de São Paulo preveem o IPC-A como índice, que registrou 8,47% no mesmo período.