Finalmente, o mogiano já sabe a quem recorrer quando uma lâmpada estiver queimada. Ele precisará ligar para a Ouvidoria Municipal, isso porque a Prefeitura de Mogi das Cruzes assumiu definitivamente a responsabilidade pelos serviços. E logo de cara, terá que consertar mil lâmpadas que estão queimadas na região de César de Souza. No entanto, a fatura desta manutenção será cobrada da concessionária então responsável pela rede de iluminação pública, a EDP Bandeirante que teria que entregar o sistema em perfeitas condições. Não entregou e a administração municipal prometeu reparar todas as falhas e mandar a conta. Novos capítulos desta briga deverão continuar ocorrendo no campo da Justiça. O próprio prefeito Marco Bertaiolli (PSD) prometeu acionar o Poder Judiciário para exigir o dinheiro da concessionária de cada lâmpada queimada que precisaria ser consertada antes de repassar a responsabilidade. Uma medida acertada. Primeiro resolve o problema - Mogi não poderia ficar às escuras - e depois vai exigir o que é de direito. E todo este jogo de empurra-empurra tem um único culpado. E não é a EDP ou a Prefeitura. A responsável por todo este furdúncio é a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) que de maneira descabida criou uma resolução que, quase de uma forma instantânea, colocou prefeituras e distribuidoras de energia em um ringue. Pelas regras da agência, desde o dia 1° de janeiro, todos os ativos do sistema de iluminação deveriam ser transferidos para os municípios. Ou seja, pela resolução, a responsabilidade seria das prefeituras, porém, Mogi e outras cidades conseguiram uma liminar que prorrogou o prazo até que o sistema fosse entregue em perfeitas condições. Ao publicar esta resolução, a Aneel demonstrou uma total irresponsabilidade. Obrigou as prefeituras a criarem mais uma taxa aos contribuintes. E, de quebra, fez com as administrações municipais pelo País à fora passassem a destinar parte do seu escasso recurso a manutenção de um serviço que, mesmo com um problema ou outro, era realizado.