A transmissão da dengue é muito difícil de ser combatida, e por alguns motivos. As infecções ocorrem por meio de um vetor, a fêmea do mosquito Aedes aegypti. Não há ainda vacina disponível no mercado. E também não existem medicações específicas para a doença.
Além disso, 80% dos focos do mosquito transmissor da dengue estão no interior das residências, o que demanda uma cultura de prevenção diária por parte da população.
Nos últimos cinco anos o Aedes chegou pra valer ao Estado de São Paulo, se espalhando inclusive pelos grandes centros urbanos, encontrando condições favoráveis de proliferação nos recipientes com água parada em milhares de imóveis.
Some-se a isso o fato de que o sorotipo 1 do vírus da dengue, diferentemente do que ocorreu em outros estados brasileiros, nunca circulou com tanta força em São Paulo como agora, tornando os paulistas mais suscetíveis às infecções.
O resultado é que em 2015 o número de casos de dengue no Estado de São Paulo chegou a 500 mil. Um triste recorde.
Segundo a diretriz do SUS (Sistema Único de Saúde), cabe ao Ministério da Saúde formular as políticas públicas de enfrentamento da dengue, e financiar os municípios. Os governos estaduais fazem a governança e as prefeituras se encarregam de executar o trabalho de campo de combate ao vetor e atender a população quando adoece.
Este não é o momento de apontar culpados. Pelo contrário, é hora de unirmos esforços para evitar que o atual cenário da dengue se repita em nosso estado no próximo verão.
Por isso promoveremos em setembro, na capital paulista, um grande encontro com prefeitos e secretários municipais de Saúde de todo o Estado de São Paulo visando alinhar estratégias conjuntas de enfrentamento da dengue.
Na oportunidade serão divulgados os índices larvários mais atuais dos municípios paulistas.