Um caso de maus-tratos em uma escola particular de Arujá está chocando a região. A denúncia foi feita por dois pais que tinham os filhos matriculados na instituição, que funciona há dois anos. O caso está sendo tratado sob sigilo.
No momento, a polícia realiza a investigação por meio de imagens e áudios gravados e que mostram as proprietárias do local falando de forma ríspida com dois alunos e os obrigando a comer, além de colocar um deles de castigo de pé com uma caixa de papelão na cabeça. O valor da mensalidade varia entre R$ 1,1 mil e R$ 1,5 mil.
A denúncia sobre os maus-tratos partiu de uma funcionária que trabalhava na unidade e gravou as imagens e os áudios com um aparelho celular. No vídeo, é possível ver um dos meninos sentado em uma cadeira própria para alimentação e uma das diretoras o forçando a comer.
A investigação remete imediatamente ao caso da Escola Base, de São Paulo, fechada em 1994. Na ocasião, seus proprietários e mais dois funcionários foram injustamente acusados pela Imprensa por abuso sexual contra alguns alunos de quatro anos de idade. As acusações eram pesadas e pouco espaço foi dado à defesa dos acusados.
O caso contou também com atitudes precipitadas por parte da polícia, que supostamente teria agido pressionada pela mídia.
Mais tarde, foi provado que as acusações eram falsas, o que não eliminou, tampouco minimizou o estrago causado nas vidas dos acusados, que sofreram enorme pressão e tiveram suas carreiras destruídas.
Por isso, é preciso ter muita cautela nas investigações do caso desta escola.
Mas, se for provado os maus-tratos, que a Justiça seja feita e que paguem pelo que fizeram.
Fica uma dica importante. Se você tiver filhos menores de cinco anos matriculados em qualquer escola, e eles não se sentirem bem com a instituição, desconfie. Crianças até esta idade ainda não tem o discernimento do que é certo ou errado, e muitas vezes por medo, não fazem nenhuma reclamação. É preciso ficar atento.