O governo do Estado e a Justiça acertaram em não esperar para agir no caso da desocupação da área pública da Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano (CDHU) às margens do Trecho Leste do Rodoanel Mário Covas (SP-21), em Itaquaquecetuba.
Ontem mesmo, com a decisão judicial para colocar fim à invasão em mãos, a Polícia Militar foi até o local para garantir a retirada das famílias que haviam demarcado os lotes e se assentado de maneira irregular com vários barracos já erguidos. Felizmente, não houve confronto e tudo ocorreu de forma pacífica.
O resultado mostrou que quando as autoridades estão atentas a situações desse tipo e logo tratam de buscar soluções, as consequências são as menos danosas possíveis. Até mesmo porque, se a CDHU tardasse em recorrer às medidas cabíveis para acabar com a invasão, certamente seria muito mais difícil de conseguir o intento lá na frente.
A constatação ocorreu pouco mais de um mês atrás, durante vistoria do governador Geraldo Alckmin (PSDB) no canteiro de obras do Trecho Leste. Por sorte, tudo se desenrolou de forma rápida e um mal maior foi evitado, restando agora a fiscalização do local - ironicamente destinado a projetos de moradias populares.
No entanto, mal havia terminado a invasão, um novo problema tomou forma. Indignados com o fato de que tiveram que sair de onde estava, um grupo de invasores tratou logo de ocupar um conjunto da CDHU em construção perto dali, no Jardim Emília, em Arujá.
A situação ficou bem complexa, pois os policiais militares que haviam sido encaminhados para fazer cumprir apenas a liminar de reintegração de posse da área ao lado do Rodoanel não sabiam se partiam naquele momento para a desocupação dos prédios, o que acabou não ocorrendo. Por sorte, os invasores deixaram o local horas depois.
As invasões, independentemente do tempo que ela dure, demonstrara despeito e egoísmo, pois centenas de famílias aguardam há anos um lugar para viver.