O leitor deve estar acompanhando bem os crimes cometidos pelo Estado Islâmico, o ISIS (Islamic State of Iraq and ash-Sham), exército terrorista radical que tomou posse de grandes porções do território no leste da Síria e em todo o norte e oeste do Iraque. E também conhece sua violência e todos os estragos que causaram com a morte e a expulsão de milhares de pessoas, a escravidão de outros milhões, destruição da economia dos locais onde tomaram conta, entre outras proezas.
Por aqui, em terras tupiniquins, já nem precisamos mais de estados islâmicos ou grupos afins. Afinal, temos PCC, Comando Vermelho, Terceiro Comando Puro, Amigo dos Amigos, as diversas milícias. Pra que? Já caminhamos para a destruição da sociedade, via economia, que às duras penas foi colocada nos trilhos pelo Plano Real, lançado em 28 de fevereiro de 1994 (Itamar Franco, presidente, Fernando Henrique Cardoso, ministro da economia). Meses antes do Real, em 1993, a inflação medida pelo IPCA do IBGE havia atingido a impressionante marca de 2.477,15% no ano, a maior da história do Brasil e uma das maiores do mundo. Pena que a maioria dos brasileiros de hoje não sabem disso. A juventude também. E ninguém faz questão de lembrar que já vivemos o caos, saímos dele, e agora estamos voltando. Sem precisar de nenhum estado islâmico da vida. Ou da morte.
Hoje, estamos com a economia em frangalhos, inflação na casa dos 10% ao mês (inflação essa que é bem maior, principalmente para os mais pobres, aposentados e pensionistas), com os juros mais altos do mundo, com as fábricas paradas, comércio idem, sem falar no desemprego, que cortou 111.199 vagas em junho, 157.905 em julho - e acumula em 12 meses a demissão de 778.731 trabalhadores, que com certeza não têm verba dos partidos que estão o poder, não contam com carros oficiais, auxílio moradia, outras bolsas mais e nem mesmo com a aposentadoria especial que só os políticos - dos parlamentos e dos governos - têm direito.
Não era uma marolinha, como apregoou aos quatro cantos o ex-presidente Lula? Marolinha? Tsunami, e dos grandes, maior das que já testemunhamos na última década pela televisão e outros meios de comunicação.
Existe luz no fim do túnel? Só se for a de uma motocicleta, carro ou caminhão vindo no caminho oposto. E tomara que não passem por cima de todos nós.
Entendeu porque nem precisamos de um estado islâmico por aqui?