Mais de cem homens contratados pela Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano (CDHU) iniciaram já na manhã de ontem a remoção das tendas, barracos de madeiras e casas de alvenaria construídas no terreno invadido na região da Fazenda Albor, entre Itaquaquecetuba, Arujá e Guarulhos. O órgão estadual também disponibilizou dezenas de caminhões e ajudantes para que os invasores retirassem e transportassem seus pertences para outros locais.
Algumas famílias atearam fogo em suas moradias após deixarem o local. Outros barracos foram queimados de propósito pelos funcionários que faziam a limpeza do terreno as margens do Trecho Leste do Rodoanel Mario Covas (SP-21). Também era possível ver pessoas que foram até o local para recolher madeiras, telhas e outros materiais que podem ser revendidos.
O Dat circulou por toda a área invadida e verificou que algumas ruas já apresentavam até nome. Muitas placas com sobrenomes de famílias informavam a antiga propriedade de cada moradia ou lote delimitado por fitas. Foi possível verificar ainda anúncios de serviços de construção para aqueles que já tivessem condição de fazer suas casas de alvenaria.
Muitas árvores foram cortadas para que a invasão pudesse se concretizar. A área invadida não conta com rede de água e energia elétrica, somente em alguns poucos trechos por meio de ligações clandestinas. A Polícia Militar isolou as três entradas para o terreno, sendo uma em Arujá, outra em Itaquaquecetuba e a última em Guarulhos, para que novas invasões não sejam registradas.
O Dat chegou por volta das 9h30, quando praticamente todos os barracos já estavam desocupados. Os moradores começaram a abandonar a área na noite do último sábado, quando ficaram sabendo da terminação da Justiça que permitia a reintegração de posse da área. (C.M.)