Entre janeiro e julho deste ano, 477 reclamações referentes ao transporte público de Mogi das Cruzes foram registradas por meio da Ouvidoria da Prefeitura. Os dados são da Secretaria Municipal de Transportes.
De acordo com o balanço, o maior volume de queixas refere-se ao atraso. Ao todo, foram contabilizadas 233 reclamações, o que corresponde a 48,8% das ligações feitas ao longo do período analisado. Em 2014, para o mesmo problema, foram registradas 192 queixas. Isso representa um aumento de 21%.
Já a segunda posição do ranking é ocupada pelas denúncias de mal comportamento dos funcionários, com 170. O montante é 25% menor que o registrado no ano passado (228).
Ainda segundo o levantamento, para os problemas relacionados à falta de manutenção dos ônibus, foram feitas apenas 60 queixas ao longo dos últimos sete meses. Já em 2014, 78 casos deste tipo foram reportados à Ouvidoria, entre janeiro e julho.
O índice é  pequeno se comparado à quantidade de reclamações referentes às más condições dos ônibus que vem ganhando as redes sociais nos últimos dias. Até mesmo os veículos da nova frota já são alvos das queixas dos usuários.
Isso porque, segundo os reclamantes, eles, muitas vezes, quebram ao longo do trajeto, prejudicando e causando transtornos a muitos cidadãos chegam atrasados a seus compromissos. É o caso da vendedora Ana Paula Santos, de 27 anos, que, diariamente, utiliza as linhas que passam pela avenida Japão. "Além dos ônibus cheios, eles vivem quebrando. Quem sofre é o trabalhador que acaba chegando atrasado no trabalho. Chega uma hora que, de tanto dar essa justificativa, parece até mentira", reclama.
Outra queixa que aparece no ranking da Ouvidoria é a "não partida dos coletivos". Até julho, 14 reclamações foram registradas. O número é 58% menor que o total registrado em 2014, quando houve 34 denúncias.