Em 20 de novembro, comemora-se em todo o Brasil o Dia da Consciência Negra. A data faz menção à luta pela liberdade dos negros durante a escravidão. Além de relembrar um importante período histórico do Brasil, o dia serve para reforçar a importância do movimento negro, que busca por igualdade racial e social. A luta por uma maior representação do negro e o reconhecimento da cultura afrodescendente são algumas das causas que sempre devem ser levadas em conta. 
"Vivemos 388 anos de escravidão e 127 anos de capitalismo declarado, período no qual tivemos ditadura militar. A única forma de reivindicar a defasagem histórica que o Brasil tem com os negros e afrodescendentes é por meio dos movimentos", afirma Marco Santana, militante dos direitos da população negra na União de Núcleo de Educação Popular para Negras(os) e Classe Trabalhadora (Uneafro).
Jovens engajados
Só que a conquista da igualdade é um processo que precisa de envolvimento, e as crianças representam um papel importante para a conquista desses objetivos. As novas gerações são a esperança de mudança.
"O trabalho de base na formação da personalidade é extremamente importante e eu acredito muito nisso. O futuro das organizações sociais, politicas e econômicas são as crianças, acredito que os trabalhos desempenhados por meio dos movimentos negro são para proporcionar uma qualidade melhor de vida social e econômica. Desenvolver um trabalho de conscientização racial nas bases é o futuro para um país mais igual na sua estrutura racial e social", complementa Santana.
Ainda, segundo o militante, um dos grandes avanços que o País conquistou foi a Afroeducação, garantida pela Lei 10.639/03. "A lei obriga as escolas públicas a ensinarem a história e cultura afro-brasileira e africana. Acredito que essa lei é muito importante na formação futura da sociedade brasileira. O conhecimento é o caminho para o progresso e evolução. A esperança é que a lei, realmente, comece a ser cumprida", finaliza.