A decisão do governador Tarcísio de Freitas em rever a cobrança do pedágio em algumas cidades do Estado reativou a esperança de que a tarifa também não seja cobrada para moradores de Arujá e Mogi das Cruzes, que estão nas proximidades da rodovia Mogi-Dutra. A via desde o ano passado está sob responsabilidade da Concessionária Novo Litoral (CNL), assim como a Mogi-Bertioga.
Muitos que já haviam dado a luta por perdida retomaram a luta, se manifestando contrário à medida como o Sindicato do Comércio Varejista de Mogi das Cruzes e Região (Sincomércio), que publicou nesta semana uma nota destacando os impactos para a economia local. O Sincomércio, especialmente seu presidente, Valterli Martinez, participa desde o início da luta contra a medida, ainda no governo de João Dória, fazendo parte juntamente com Associações de Moradores e outras entidades do Movimento Pedágio Não.
Nesta semana destaque também para a Câmara de Mogi, que aprovou uma moção de apelo ao governador e também à CNL e à Agência de Transporte do Estado de São Paulo (Artesp) para que seja concedida a isenção do pedágio para moradores de áreas limítrofes das rodovias.
Na edição digital de hoje, trazemos também a ação de Arujá, com o envio de ofícios por parte da Prefeitura para o Governo do Estado, por meio da Secretaria de Parcerias e Investimentos, e incluindo a concessionária e à Artesp. O objetivo é o mesmo dos vereadores mogianos: conquistar a isenção para os moradores da cidade, que estão nas proximidades da Mogi-Dutra.
Porém, o que se tem de certo até o momento é que a tarifa virá e deve ocorrer a partir de novembro, sem as tradicionais praças de pedágio, mas pelo sistema que prevê a cobrança eletrônica. A expectativa é que os apelos sejam ouvidos pelo governador, que já falou em mais de uma ocasião, que a decisão estava tomada.
Para uma possível reversão, embora a mobilização contra o pedágio volte a ganhar fôlego, é preciso a união de mais esforços para que os benefícios alcancem habitantes não apenas de Mogi e Arujá, mas de toda a região.