A melhor maneira para saber se uma coisa está indo bem ou mal é testando. Quanto mais testes puderem ser feitos melhor, já que eles orientam a quem está testando qual o melhor caminho para seguir no sentido de melhorar o que está com defeito e aprimorar o que já funciona bem.

No caso de doenças funciona do mesmo jeito, claro que com algumas modificações para este segmento. Em janeiro do ano passado, toda região promoveu 80.273 testes para detectar o coronavírus (Covid-19), ao passo que em janeiro deste ano foram 460.632, um salto de 473%.

De acordo com a diretora de Vigilância em Saúde de Suzano, Maria Cristina Perin, em entrevista para a nossa repórter Ingrid Leone, esse aumento ocorreu em razão do surgimento da variante ômicron, no final do ano passado, o que deve ter promovido um corre-corre entre os moradores da região, já que ela vinha com a pecha de ser mais contaminante do que as outras versões da Covid.

O argumento da médica faz todo o sentido e isso explicaria esse boom de testes durante o período, todavia, o importante é que é preciso, de fato, testar o máximo possível, porque só assim será viável direcionar os próximos passos da saúde pública para tentar conter os avanços da doença.

Uma delas, seguramente, se referem as vacinas, com os testes é possível direcionar o público que deverá tomar a dose, onde a campanha está falhando, a necessidade de abertura de leitos, entre outros processos que podem ser adotados para conter o avanço não só do coronavírus, mas de qualquer outra doença.

Os testes devem ser disseminados cada vez mais, não é porque a pandemia dá sinais de arrefecimento que a quantidade de testagens deve diminuir, na verdade ela deve ser mantida, porque pode esconder algum foco maior da doença em algum bairro, ou alguma família que pode não ter aderido, como deveria, à imunização.

Esperamos que isso possa ser mais disseminado, certamente já foi pior, mas realizando estes testes as autoridades sanitárias podem direcionar melhor os caminhos para o fim da pandemia.