Apesar de alguns meses mostrarem a recuperação do emprego formal, de acordo com os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), a verdade é que o saldo de empregos criados foi negativo. Foram quase 3 mil empregos com carteira assinada fechados durante o ano passado, quando a pandemia de coronavírus parece ter atingindo seu auge, tanto em internações quanto em número de mortes.

Os números do Caged se referem às dez cidades do Alto Tietês como um todo, e certamente o desempenho entre elas pode variar durante os 12 meses, mas o balanço do ano passado não é animador, pelo menos no campo do mercado de trabalho.

A verdade é que não só a região, mas todo o Brasil, vem experimentando uma maré de incertezas há pelo menos três anos e o resultado do ano passado mostra que ainda não saímos dela. Para este ano ainda é muito cedo para saber o desfecho, entretanto ainda estamos na pandemia, com a ômicron deitando e rolando pelo país, muito embora as mortes não tenham aumentado muito, mas os hospitais começam a ficar mais cheios em razão das consequências trazidas pela doença, como a falta de ar. Sem as vacinas, então, como é que estaríamos?

Sem querer realizar um exercício de futurologia, mas é justamente as vacinas que devem ajudar nesta recuperação, com os municípios já ministrando a quarta dose do imunizante contra a Covid-19 para deixar a pandemia cada vez mais longe de nossa região, isso sem contar as doses ministradas às crianças

A morte é, sem dúvida, o pior desfecho, todavia não poder colocar comida no prato dentro de casa também é um cenário péssimo, porque a falta de emprego não traz esperanças, e isso precisa mudar. Tomara que neste começo de ano, quando saírem as primeiras informações sobre o emprego formal, no final de fevereiro, tenhamos um prognóstico melhor, com mais expectativa, e não nos fiemos tanto no que o mercado de trabalho de 2021 nos deixou como herança.