Um dos elementos que ajudaram a formar a civilização foi o sal. Com ele, as populações da época, que já tinham algum conhecimento na preservação de alimentos, principalmente carne, puderam manter por mais tempo a comida, muitas vezes caçada, antes que começasse a perder validade para consumo.
Evidentemente que muito tempo depois, veio a geladeira e ajudou a transformar a humanidade no que ela é hoje. E parte do que ela se tornou está, justamente, acabando com ela: o descarte irregular de lixo.
Já é sabido que a produção de lixo é o calcanhar de Aquiles dos seres humanos, sendo nós a única espécie animal que produz lixo e de forma deliberada. Nenhum outro animal produz ou descarta lixo como o homem.
Chegamos a outro ponto aqui, porque apesar de entidades, governos e sociedades quebrarem a cabeça para encontrar uma solução para este problema mau cheiroso, ainda há pessoas e empresas, em pleno século 21, que descartam lixo de forma irregular, prejudicando o meio ambiente.
O lixo por si só já é uma baita dor de cabeça, o que é descartado de forma inadequada, então, é pior ainda, pois se há inúmeras pessoas pensando em como otimizar o descarte regular e diminuir a produção de lixo, há outras que não se preocupam com isso e simplesmente jogam fora, em qualquer lugar.
Há muita coisa para ser resolvida no Alto Tietê, no Brasil e no mundo, entre elas estão segurança, saúde, trabalho, alimentação, todas urgentes, mas tão prioritária quanto todas estas anteriores é o lixo. Cidades limpas evitam pragas e doenças e, consequentemente, são mais saudáveis.
Somente quando isso for contornado, o manejo feito de forma mais prudente e racional, além da produção, é que a espécie humana atingirá outro nível de civilização. Por ora, enquanto esse patamar não é alcançado, seguimos com soluções paliativas para esse grande problema. É como se estivéssemos, ainda, tentando descobrir as vantagens de ter o sal, mas ainda longe, muito longe, de inventar a geladeira.